Principais características das janelas eficientes numa casa passiva
As janelas são um dos pontos mais sensíveis da envolvente de um edifício e representam cerca de 22% das perdas de calor — 12% pela caixilharia e 10% pelo vidro.
Por isso, é essencial selecionar cuidadosamente as janelas para minimizar as perdas térmicas sem comprometer o conforto interior.
Além de limitar as perdas energéticas, as janelas também garantem iluminação natural, ventilação, controle solar e conexão visual com o exterior.
O vidro ideal deve reduzir as perdas de calor e, ao mesmo tempo, permitir a entrada de radiação solar suficiente para aquecer o espaço. O objetivo é encontrar o equilíbrio entre ganhos solares e isolamento térmico.
Tipos de vidro (coeficiente Ug):
- Vidro simples → Ug = 5,5 W/m²K
- Vidro duplo com ar → Ug = 3 W/m²K
- Vidro duplo com gás nobre → Ug = 2,2 W/m²K
- Vidro duplo com gás nobre e baixa emissividade → Ug = 1,3 a 0,9 W/m²K
- Vidro triplo com ar → Ug = 2,3 W/m²K
- Vidro triplo com gás nobre e baixa emissividade → Ug = 0,8 a 0,5 W/m²K
Caixilharia e materiais
A caixilharia é o elemento mais frágil, pois bloqueia parte da radiação solar (em média, só 30% da superfície total da janela é vidro).
A norma Passivhaus não impõe materiais específicos, podendo usar-se madeira maciça, PVC ou alumínio — desde que, neste último caso, o perfil possua corte térmico.
Recomendações por zona climática:
Europa Central (clima temperado):
- Valor U entre 0,85 e 0,70 W/m²K
- Vidro triplo
- Caixilharia isolada
- Fator solar (g) ≈ 50% — mantém o calor no inverno e ajuda a evitar o sobreaquecimento no verão.
Portugal (clima mais ameno):
- Valor U até 1,70 W/m²K
- Vidro duplo
- Caixilharia isolada
- Fator solar (g) ≈ 60%
Por fim, a instalação correta das janelas é determinante:
elas devem ser alinhadas com o isolamento exterior para minimizar perdas térmicas e garantir boa estanquidade ao ar.
