O contexto energético europeu

O panorama energético na Europa ajuda a entender os desafios que envolvem a eficiência e a gestão de energia nos edifícios.

O consumo energético na Europa representa cerca de um quinto da energia gasta em todo o mundo. Contudo, devido à escassez de recursos de hidrocarbonetos no continente, grande parte da energia é importada. Em 2016, mais da metade da energia utilizada internamente tinha origem em importações, fazendo da Europa o maior importador de energia do planeta.

Em relação à produção de eletricidade, em 2015 a principal fonte foi a energia nuclear, responsável por cerca de 26,5% do total produzido.

As fontes renováveis têm ganhado cada vez mais importância no mix energético europeu. A sua quota passou de 9% em 2005 para quase 17% em 2015. Este aumento deve-se, entre outros fatores, à redução dos custos tecnológicos e às políticas públicas que incentivam o uso de energias limpas. O objetivo traçado era alcançar 20% de energias renováveis até 2020. Apesar disso, os combustíveis fósseis continuaram a ser predominantes, representando mais de 72% em 2015.

O setor com maior consumo de energia na Europa é o dos transportes (32%), que engloba o transporte rodoviário, aéreo, fluvial, marítimo e ferroviário. Logo a seguir vem o setor da construção (residencial e terciário) com 27%, seguido da indústria (25%) e, por fim, dos serviços (13%).

O setor da construção é, portanto, o segundo maior consumidor de energia na Europa. Melhorar a eficiência energética dos edifícios é fundamental — não apenas para diminuir o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa, mas também para enfrentar o problema da pobreza energética. Aproximadamente 26 milhões de europeus não conseguem manter suas casas devidamente aquecidas durante o inverno.

Rolar para cima