Edifício: energia e sustentabilidade ambiental

Cerca de 55% da energia consumida nos edifícios em Portugal provém da eletricidade, valor bastante superior à média europeia de 32%. Uma parte considerável desse consumo está relacionada com a utilização de sistemas de climatização.

Segundo dados da DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia), seria possível reduzir em metade o consumo energético do setor dos edifícios, o que representaria menos 400 mil toneladas de emissões de CO₂ por ano.

A eficiência energética dos edifícios em Portugal

Entre 2014 e 2019, a maior parte das habitações residenciais certificadas em Portugal recebeu classificação energética D. Apenas 25,7% alcançaram uma classificação entre A+ e B-.

Para efeitos de comparação, a França apresenta uma situação semelhante. A maioria dos edifícios residenciais — incluindo apartamentos, moradias e habitações coletivas — possui classificação energética D. Apenas 21,9% estão classificados entre as classes A e B.

Consumo de energia elétrica em Portugal

Em 2017, o consumo médio de eletricidade por habitante em Portugal foi de aproximadamente 3,3 kWh por dia (fonte: INE). Nesse mesmo ano, cada português gastou em média 56,80 euros por mês em eletricidade (fonte: inquérito ADENE 2017).

consumo de energia eletrica em portugal

Quais foram os países europeus com os lares que mais consumiram eletricidade em 2014?

Para efeitos de comparação, os dados de 2014 referentes a outros países europeus são os seguintes:

  • Finlândia: 10,7 kWh por dia e por habitante
  • Suécia: 10,4 kWh por dia e por habitante
  • França: 6,3 kWh por dia e por habitante
  • Portugal: 3,13 kWh por dia e por habitante
  • Roménia: 1,6 kWh por dia e por habitante

Uma oportunidade para o desenvolvimento da construção sustentável em Portugal

Os dados sobre o desempenho energético dos edifícios evidenciam o potencial de otimização do parque imobiliário em Portugal.

Essas melhorias podem influenciar positivamente a qualidade de vida em habitações, apartamentos ou escritórios. Mais do que isso, têm também um impacto financeiro relevante, já que a otimização energética permite reduzir de forma significativa o consumo de energia — seja elétrica ou de outras fontes.

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