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Isolamento térmico de uma casa passiva

Importância do isolamento térmico num edifício passivo

O isolamento térmico de uma casa passiva, mas também de qualquer edifício, é um elemento chave a ter em consideração durante a fase de projecto e construção. De facto, segundo a ADEME, a maior parte das perdas de calor num edifício não isolada ocorre através de :

  • Sótãos e telhados (30%)
  • Paredes (25%)
  • Janelas e vidros (entre 10 e 15%)
  • Solo (entre 7 et 10%)

A envolvente de um edifício é composta por todos os elementos que separam o interior do exterior. 

A primeira regra a ser observada é minimizar as perdas de calo a fim de evitar ao máximo as pontes térmicas. Por essa razão, a camada de isolamento deve ser contínua. Além disso, é essencial considerar o coeficiente de transferência térmica U de cada elemento da envolvente do edifício.

A fim de cumprir os requisitos da norma Passivhaus é recomendado que não seja excedido um valor máximo U para cada elemento da envolvente do edifício. Estes valores devem ser adaptados em função do tipo de clima. Os valores mostrados na figura ao lado são aqueles recomendados para um clima da Europa Central, como a Alemanha. 

Para climas mais quentes como o de Lisboa, o valor de U para paredes exteriores pode atingir 0,50 W/m²K (0,15 W/m²K para climas mais frios como a Alemanha).

isolamento térmico de uma casa passiva

Escolha de isolamento para a minha casa passiva

A escolha do isolamento é feita de acordo com diferentes critérios :

1. Desempenho térmico do isolamento 

Condutividade térmica

  • Poder isolante de um material
  • Capacidade de transmitir calor por condução
  • Não depende da espessura do material, ao contrário da resistência térmica R (a capacidade de um material de resistir ao calor). 
  • Exemplo: uma parede de tijolo de 30 cm de espessura tem a mesma resistência térmica de 1 cm de lã de vidro. 

Descolcamento de fase térmica

  • Tempo necessário para que o calor penetre o material. 
  • Exemplo : a lã de vidro tem um deslocamento de fase térmica baixo, o calor penetra em 3-4 horas. A pasta de celulose tem um longo deslocamento de fase térmica de 11 horas. 

Capacidade térmica de um material 

  • Capacidade de armazenar calor em relação ao seu volume.
  • Quanto mais denso for um material, mais condutor de calor ele é e maior a sua capacidade térmica. Um material leve é mais isolante e tem uma menor capacidade térmica. 
  • Para as construções bioclimática, a utilização de materiais leves para isolamento térmico e a utilização de materiais pesados no interior do isolamento devem ser incentivadas para facilitar a regulação das variações de temperatura.

Efusividade térmica

  • Capacidade de trocar energia térmica com o seu ambiente. 
  • Exemplo: o mármore denso tem a capacidade de armazenar calor na sua massa, se a sua temperatura for inferior à da nossa mão, absorverá calor se for tocado e arrefecer-nos-á devido à sua elevada efusividade. 
  • Ao contrario, um material leve como a cortiça, se tocado, sente-se quente porque não consegue absorver o nosso calor

2. Controlo de humidade 

3. Não inflamáveis ou corta-fogo

4. Resistência à humidade e aos roedores

5. Riscos para a saúde 

6. Preços

7. Longevidade do isolamento

8. Desempenho de ruído 

Os diferentes tipos de isolantes

A plataforma ACERMI (Associação para a Certificação de Materiais Isolantes) disponibiliza uma lista de materiais certificados (qualidades de isolamento térmico e boas condições de utilização validadas) que podem ser utilizados como ponto de partida para a escolha de materiais isolantes. 

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Isolantes minerais

Feitos de materiais inorgânicos naturais, geralmente resistentes ao fogo e sob a forma de painéis. As mais usadas são a lã de vidro e a lã de rocha.

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Isolantes orgânicos

Produzidos a partir de matérias vegetais ou animais. Entre os mais utilizados estão a cortiça, a fibra de madeira, a pasta (ouate) de celulose, o cânhamo e a palha.

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Isolamento sintético e de nova geração

A maior parte provém de recursos fósseis (por exemplo, poliestireno expandido)

Condutividade térmica de alguns isolantes – fonte : DIN 4108-4, EN 12524

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